O Ministério da Saúde vai disponibilizar, até o fim de 2014, unidades móveis de testagem rápida e gratuita de HIV/Aids a todas as 27 capitais do Brasil. O público-alvo do trailer são gays, homens que fazem sexo com homens e travestis, mas o teste pode ser feito por qualquer pessoa interessada.
Nesta quarta-feira (27), o ministério inaugurou um trailer no Rio de Janeiro. As cidades de Brasília, Recife e São Paulo já contam com o equipamento de testagem voluntária, que é parte do Projeto Quero Fazer, iniciado em 2011 pela organização não governamental (ONG) Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (Epah), com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
O diretor-adjunto do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, que participou da inauguração do novo trailer, explicou que o trabalho está sendo desenvolvido em parceria com prefeituras e governos estaduais. "Estamos adquirindo 12 trailers para as capitais-sedes dos jogos, já na Copa das Confederações. E até o fim de 2014 pretendemos montar essa estrutura para atender especialmente ao público de gays, travestis, profissionais do sexo, mas também ao público em geral.”
No Rio, o trailer será o segundo ponto de aconselhamento e testagem. O primeiro funciona na sede do Grupo Arco-íris, desde 2011. No ano passado, nas quatro cidades em que o projeto atua (Brasília, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro), foram realizadas 8.389 ações de aconselhamento e testagem, sendo 309 com resultados positivos. Desde o início das atividades, foram realizados 15.237 testes nas quatro capitais.
Além dos testes, a equipe que trabalha no trailer dá informações e apoio às populações mais vulneráveis à doença. O coordenador do projeto, Beto de Jesus, explicou que a iniciativa tem dado capilaridade ao Sistema Único de Saúde (SUS), pois chega a pessoas que, geralmente, têm medo de sofrer preconceito e evitam a rede pública para fazer o exame. “Trabalhamos com horários alternativos, à noite, aos domingos, quando as unidades de saúde estão fechadas. E também vamos onde essa população está. Muitas vezes, o estigma e a discriminação impedem que essas pessoas sejam atendidas na rede pública.”
Os bairros da Lapa e Madureira, locais identificados como os de maior frequência desse público na cidade do Rio, contarão com o trailer duas vezes por semanas, sempre no período da noite, por cinco horas.
A equipe da unidade móvel é composta por dez pessoas: uma coordenadora, dois aconselhadores, quatro educadores, dois flebotomistas (que fazem o teste) e o motorista. Embora o resultado saia em cerca de 15 minutos, todo o processo de conversa e aconselhamento dura aproximadamente uma hora.
No caso de um resultado positivo, a pessoa é encaminhada para uma unidade de saúde pública. Para Beto, o fato de os aconselhadores e flebotomistas serem funcionários de uma unidade de saúde (federal, municipal ou estadual) contribui para uma reflexão dentro das próprias comunidades e para a diminuição do preconceito. “Esses funcionários costumam indicar a pessoa com teste reagente para a unidade onde trabalham e criam uma situação mais favorável para esses pacientes. Depois da experiência no trailer, esses funcionários voltam para o serviço com uma outra cabeça”, completou.
Dados do Ministério da Saúde do fim do ano passado apontam que cerca de 530 mil pessoas convivem com HIV/Aids no Brasil. Cerca de 255 mil não sabem que têm a doença.
O equipamento foi desenvolvido pela Positivo Informática para o uso exclusivo dos professores da rede estadual e, sem a senha, não serve para nada. |
Os 31 equipamentos recuperados foram jogados no quintal de uma casa, durante perseguição a suspeitos. A polícia tentou abordar um veículo, por volta das 18h de sexta-feira (8), no bairro Borda do Campo.
“Na fuga os ocupantes do carro jogaram os equipamentos no quintal de uma casa. O morador nos chamou e constatamos que eram os tabletes roubados”, afirmou o delegado-adjunto da delegacia de São José dos Pinhais, Guilherme Rangel.
Ele explicou que como a investigação do roubo dos tablets está com a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), os detalhes foram passados à especializada, que segue na busca pelo outros equipamentos e pelos responsáveis pelo assalto.
O equipamento foi desenvolvido pela Positivo Informática para o uso exclusivo dos professores da rede estadual e, sem a senha, não serve para nada. Os tablets têm as costas amarelas com a marca do Ministério da Educação gravada em baixo relevo na parte inferior.
Todos os equipamentos possuem uma capa protetora de silicone também amarela. “Se mais alguém encontrar ou tiver notícia de que está sendo vendido um tablet amarelo, com estas características, deve entrar em contato com a Polícia Civil”, disse o delegado Rangel.
A pessoa que for pega com um dos tablets roubados pode ser indiciada por receptação. “Por isso é importante fazer como o morador de Borda do Campo, que nos procurou assim que viu os aparelhos em seu quintal”, afirmou.