na
última segunda-feira (25). Ela é acusada de forjar o próprio sequestro em 1º
de janeiro de 2013, logo após tomar posse, apesar de ela negar veementemente que
seu desaparecimento tenha sido um sequestro.
Em entrevista coletiva na Câmara, a vereadora afirmou que foi informada
oficialmente da medida apenas na terça-feira (26) à tarde, por meio de um
telegrama. “Eu fui a Curitiba nesta segunda-feira e falei, antes da reunião, por
apenas cinco minutos para os participantes”, assinala. Ana Maria alega também
que foi comunicada do afastamento, logo na chegada à capital, pelo próprio
deputado estadual Ênio Verri, presidente estadual do PT-PR.
“A decisão aconteceu antes da minha fala. Eu não tive direito à ampla defesa.
Se eu acatar essa decisão de pronto, sem conversar com o partido, seria como se
eu estivesse avalizando a minha condenação prévia. Eu vou a Curitiba nesta
quinta-feira (28) e quero conversar melhor com o pessoal do diretório estadual
sobre esta situação”, comenta Ana Maria. Apesar de Ana Maria não ter uma posição
definida sobre acatar ou não a determinação do PT estadual, o advogado da
vereadora, Fernando Madureira, salienta que fará todo o possível para que ela
cumpra todo o mandato na íntegra. “Se for necessário, poderemos tentar algum
recurso dentro do próprio partido durante esta semana. Por enquanto, ela
continua no mandato normalmente”, assinala o advogado.
A vereadora também foi ouvida, pela primeira vez, na Comissão de Ética do
diretório municipal do PT, criada especialmente para investigar o caso. A
reunião ocorreu na última terça-feira (26). Um dos integrantes da Comissão,
Gilberto Antônio dos Santos, afirma que não pode antecipar o que foi dito pela
vereadora durante a reunião, para não prejudicar as investigações internas da
legenda. “Temos mais 15 dias para elaborar um parecer que pode resultar numa
advertência ou até na expulsão dela do partido”, salienta Santos. Caso a
vereadora venha a pedir o afastamento de 60 dias, conforme a recomendação do PT
estadual, a Câmara deverá chamar imediatamente o suplente Nilson Ribeiro
(PT).
Apesar da determinação de ficar afastada por 60 dias do mandato de vereadora
em Ponta Grossa (Campos Gerais), Ana Maria Branco de
Holleben (PT) compareceu à sessão ordinária da Câmara Municipal na
tarde desta quarta-feira (27). A decisão pelo afastamento foi tomada pelo
diretório estadual da legenda
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